O tempo convenceu-me de uma coisa: televisão é para se aparecer nela... não para assistir!

A junção de dois radicais forma uma ferramenta fundamental, útil e nociva da modernidade. Do grego “Tele” que significa distante e do latim “Visione” que significa visão, a televisão é, cada vez mais, tema polêmico no mundo globalizado. Afinal, os fins justificam os meios ou deve haver uma linha de moralidade tangente à linha do lucro?

Surgida em 1923 e aperfeiçoada durante anos, a “telinha” ficou realmente famosa somente após a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) devido aos avanços tecnológicos desenvolvidos com as necessidades da guerra e à renda adicional disponível, tornando-se então um meio de comunicação de massa.


Com a popularidade no auge, a “TV” passou a ser a solução para empresas de todas as espécies. A propaganda de determinado produto certamente significa um aumento nas vendas. E, mesmo quando a idéia não é vender, e sim manter presa a atenção do telespectador, esses profissionais conseguem um sucesso muito maior e mais rapidamente com a aparição de “objetos” popularmente desejados, como a mulher ou a beleza.


O consumo a partir dessas propagandas é tão grande que a televisão se tornou um Estado dentro do Estado, uma escola acima das escolas e uma forma subliminar e assustadora de manipulação de mentes. Foi o que concluiu – de forma absolutamente coerente – o ex-sociólogo e político brasileiro Florestan Fernandes. Por ser uma forma ampla de comunicação, ela atinge pessoas de todas as classes sociais, de todas as idades. Deve, por conseguinte, encontrar um equilíbrio entre os meios adotados para se manter viva.


Numa sociedade carente de referências como a atual, onde as crianças aprendem a idolatrar humanos mundialmente conhecidos - entretanto, tão defectivos quanto todos os outros - a televisão deve fazer uma autocensura sobre o que leva aos lares. A audiência não poderia estar (embora esteja) acima da moralidade.

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