O país tupiniquim já não aguenta mais!

Uma caminhada tranquila, na areia da praia de Copacabana, sob a luz da lua, de mãos dadas com o único amor da vida inteira. A cena se passa em qualquer novela do horário nobre da televisão brasileira. Somente ali. O país retratado na mídia não é o verdadeiro Brasil, a beleza de pontos turísticos mundialmente conhecidos é sufocada pela violência, tão presente quanto a insegurança que envolve, como uma manta, cada cidadão brasileiro.
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O capitalismo – desde o século XV, quando foi instituído como sistema político e econômico quase mundial – usa ferramentas, como os meios de comunicação, para propagar seus ideais e provocar nas pessoas lentas e permanentes mudanças que as faz pensar que esses ideais estão com elas desde o nascimento. Por isso, não se sabe quando o consumismo se tornou uma atividade fundamental – uma verdadeira patologia – no mundo e na sociedade brasileira, presente, principalmente, entre os indivíduos das classes mais baixas.
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Essa necessidade de externalizar consumo e luxo faz com que sejam utilizados quaisquer métodos para alcançar essa meta, desde os pequenos furtos até as maiores e mais complexas organizações criminosas. Assim, as mudanças para controlar a violência no Brasil devem ser instituídas inicialmente na mídia brasileira, seguidas de mudanças na educação infantil e no esclarecimento de opções de vida honestas e igualmente prósperas. Para finalizar essa reforma, deve-se ter como presidente da nação uma dessas antigas crianças saudáveis. Não uma ex-criança mimada (para quem os fins justificam os meios), nem uma ex-criança faminta (que na ânsia de saciar sua fome, comeu tudo o que lhe deram e não aprendeu a dividir).
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O dever de formação dessas crianças também recai sobre os pais. No início da inserção da mulher no mercado, as crianças já não eram criadas sob as asas cautelosas e protetoras das mães. Agora, então, as crianças têm muito menos tempo com seus pais e isso acarreta um perigoso desconhecimento deles acerca de suas proles, que agora conhecem a realidade do mundo sozinhas.
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Embora a caminhada tranquila na areia da praia seja uma situação difícil de acontecer no Brasil de hoje, mais difícil é suportar o nível da violência que assombra essa nação. Faz-se mister soluções definitivas e eficientes para que pelas janelas dos lares desse país tupiniquim entre uma onda de paz e não mais de balas-perdidas.
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