Diante de alguns acontecimentos recentes, a tristeza e a surpresa tomam conta de mim mais uma vez, em menos de seis meses. Dessa vez em outras proporções, é claro, mas ainda assim, digna de ser comentada neste micro (nano) blog. É estranhamente triste ver alguém que eu conheci tão cedo, e por quem eu sempre nutri um sentimento de carinho grande, estampado nos jornais e nas páginas da internet como um criminoso perigoso, alguém frio, calculista e todas as características que um assassino pode ter. Por essa eu não esperava.
A linha que nos separa do crime é tênue a ponto de muitas vezes não ser sequer enxergada, tampouco levada em consideração antes do agir. Disso eu já sabia, mas da teoria todos nós sabemos. Embora a prática dessa máxima exista sempre no nosso cotidiano, nas "pequenas" infrações como falsificações de documentos, (pequenos) tráfico de drogas, nada pode ser comparado a um homicídio. Tirar a vida de alguém traz consigo consequências que ultrapassam o tempo de reclusão estabelecido no artigo 121 do Código Penal. Um presídio, por exemplo, é a graduação que um analfabeto do crime precisa. A consciência de um homicida nunca mais se deleita da leveza de alguém sem culpa. Às vezes chegamos no limiar dessa linha imaginária que nos separa do outro lado da marginalidade, chegamos muito perto de transgredi-la, mas nos contemos.
Quando não nos contemos, erramos, mas não deixamos de amar, de sentir, viver e existir. É claro que cada caso é um caso e deve ser observado unicamente, mas, nesse, especificamente, precisa-se tão somente do apoio dos verdadeiros amigos de sempre para que isso nunca mais volte a acontecer. É possível! Eu creio!
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