Segundo Hooker.

          John Dalton Hooker foi um botânico inglês, nascido em 1817, mas seus estudos se estenderam muito além dos campos da biologia. Hoje eu gostaria de comentar um registro escrito por ele, que diz o seguinte:

"Se não posso me impedir de desejar que me façam o bem, se espero mesmo que todos ajam assim para comigo na medida dos desejos mais exigentes que um homem possa formular para si mesmo, como pretenderia obter satisfação, ainda que em parte, sem buscar por meu lado tentar satisfazer nos outros o mesmo desejo?(...). Portanto, se pratico o mal, devo esperar sofrer, pois os outros não têm motivo para me dedicar um amor maior que aquele que lhes demonstro. Meu desejo de ser amado em toda a dimensão do possível por meus iguais naturais me impõe a obrigação natural de lhes dedicar plenamente a mesma afeição."

          Espero que quem leia esse trecho de Hooker, pare para assimilar a profundidade do que ele diz. Nos anos 1800 e lá vai fumaça, já era importante para o homem pensar sobre o porquê de não fazer com os outros aquilo que não se quer para si mesmo, assim como demonstrar aos outros o amor que se quer para si.
          Fica clara a ideia que o pensador tem sobre o relacionamento entre pessoas. É uma relação - ainda que sem contato nenhum entre as partes - de direitos e deveres intrínsecos, na qual o direito só existe mediante a realização do dever. Esta explicação contempla até a vida daqueles que fazem somente aquilo que é bom para si, já que coloca o cidadão contra a parede e com o dedo em riste pergunta: Vai fazer o bem ao próximo ou vai perder o seu direito de ser tratado como gosta?

          Ao meu ver, era a explicação que faltava para aqueles que não acreditam na justiça divina, não têm senso  ético ou moral, não receberam educação da família ou todas as outras desculpas que usam aqueles que fazem mal a alguém. É preciso deixar acesa em nossa mente a necessidade suprema de se fazer o bem. Suprema porque existe sobre qualquer coisa e em qualquer hipótese. Nada explica um ato de maldade.

          Pense, antes de decidir a postura que você assumirá diante dos seus pais, amigos, companheiros, vizinhos, desconhecidos...Pense e... Faça o bem!

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